Ao fim da semana dedicada em nível nacional ao meio ambiente, o Projeto de Educação Ambiental Territórios do Petróleo – vinculado ao licenciamento ambiental federal de petróleo e gás, conduzido pelo Ibama – emprega suas energias na prática dos valores que lhe são mais caros. De sexta a domingo (7 a 9 de junho), em Macaé, os Núcleos de Vigília Cidadã (NVC) de sete municípios participam do 2º Encontro Complementar do NVC. Do que se trata?
Por assim dizer, é uma luz que vai se apagando e outra que vai se acendendo. Por um lado, é o desfecho, marcado para setembro, de um projeto que desde 2014 trabalha ao lado de grupos sociais afetados pela cadeia do petróleo e gás na Bacia de Campos. Por outro, é o início de uma nova trajetória dos cidadãos e cidadãs reunidos nos NVCs, prestes a constituir duas associações cívicas voltadas para trabalhar pelo controle social das rendas petrolíferas. Em português mais claro: voltadas para lutar para que os segmentos populares dos quais fazem parte também controlem a destinação das rendas que entram nos orçamentos de seus municípios.
Os valores que orientam o projeto apontam enfaticamente esta realidade: a crise ambiental ameaça toda a espécie humana, mas pescadores artesanais, pequenos agricultores, trabalhadores rurais, quilombolas e outros perfis de comunidades tradicionais já têm sido penalizados há muito tempo. Têm sido sacrificados e sofrido violações em nome de um modo de vida destinado a desaparecer.
