Celebrada desde 1973, a data do dia 26 de agosto faz alusão à conquista do voto feminino nos Estados Unidos, em referência à 19ª emenda constitucional do país norte-americano. Já as mulheres brasileiras puderam votar a partir do Código Eleitoral de 1932. Apesar dos 91 anos do voto feminino e de serem a maioria dos eleitores (52,65% do eleitorado em 2022), as mulheres ainda têm pouca representatividade.
Outras conquistas como licença maternidade, acesso a anticoncepcional, criação de leis contra violência doméstica e recentemente, criação da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres, vieram lentamente.
Infelizmente, a busca pelo acesso a direitos civis e condições igualitárias básicas não basta para mudar o cenário de desigualdade. Segundo o Relatório Global de Desigualdade de Gênero – 2023 do Fórum Econômico Mundial, serão necessários cerca de 131 anos para que se alcance a paridade de gênero, ou seja, não antes de 2154. No ranking de 146 países, o Brasil ocupa o 57º lugar.
“Os últimos anos foram marcados por grandes retrocessos para a paridade de gênero globalmente, com o progresso anterior interrompido pelo impacto da pandemia de Covid-19 sobre mulheres e meninas na educação e na força de trabalho, seguido por crises econômicas e geopolíticas”, escreveu Saadi Zahidi, diretora-gerente do FEM, no relatório.
A diferença geral de gênero – uma medida de igualdade nos domínios da economia, política, saúde e educação – diminuiu apenas 0,3% em comparação com o ano passado.
A participação econômica e política das mulheres no Brasil ainda é muito baixa. Dos dez municípios contemplados pelo projeto Territórios do Petróleo, por exemplo, apenas dois possuem mulheres como prefeitas.
A história nos mostra que as conquistas femininas ainda são lentas, picotadas e as mulheres vivenciam o medo de um revés a todo o tempo. Há um longo caminho a ser percorrido até que a igualdade de gênero seja realmente alcançada na sociedade. Enquanto isso, nenhum passo atrás!
