NVC Quissamã indica curta para pensar a luta antirracista no país

NVC Quissamã indica curta para pensar a luta antirracista no país

O Núcleo de Vigília Cidadã de Quissamã realizou a exibição do curta metragem “Casca de Baobá”, da diretora Mariana Luiza. A obra conta a história de uma jovem negra nascida em um quilombo no interior do estado do RJ (Machadinha, Quissamã) e que passa a ser estudante na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

No curta, Maria e sua mãe, Francisca, que leva a vida cortando cana nas proximidades do quilombo, trocam mensagens para matar a saudade e refletir sobre o fim de uma era econômica-social.

No Brasil, o racismo é um fenômeno facilmente expresso em números. De acordo com dados do IBGE, pretos e pardos representavam em 2022, 56% da população, mas ainda assim, são minoria nos espaços de decisão.

Segundo Angela Davis, para ser antirracista é preciso adotar para si uma política de descolonização do inconsciente. “Descolonizar significa retirar forças e domínios de uma determinada região, de um determinado território. Significa fraturar essas forças e construir novos campos e novas perspectivas de existir. Uma descolonização do território necessariamente envolve toda a reestruturação política desse espaço. Quando a gente fala em descolonizar o inconsciente, fala de reconfigurar ou recituar todas as linhas de força que dominam nosso modo de pensar. Nossa linguagem, as coisas que a gente lê, as coisas que a gente quer assistir, as músicas que a gente quer ouvir. Para que a gente efetive, de fato, uma lógica antirracista, a gente precisa se auto-descolonizar. Isso é imprescindível”.

Investir no processo educativo sobre temas que norteiam a sociedade, é propiciar aos sujeitos da ação educativa a possibilidade de buscar caminhos para dialogar sobre políticas públicas necessárias para a população e exercer o controle e a participação social com autonomia e conhecimento.

O curta metragem de 2017 tem classificação livre e está disponível na plataforma Youtube.

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